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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ele não sabe mais o que falar, disse tudo o que devia, o que queria. Agora, não lhe restou mais nada. A água veio e tirou o que ela quis, ele só precisava ter sido rápido pra proteger o que estava ao seu redor. Passou.
Passou, e não volta mais. Sentado, com lágrimas escorrendo seu rosto, olha da calçada o estrago que o mar fez. Como se ele tivesse deixado tudo o que gostava de lado, por ter perdido tempo.
Chega a ser irônico, mas parecia que o menino – que já era um homem – nunca aprenderia a lição, até se mostrar em plena decadência.Não lhe bastou o canto dos pássaros, nem a reação dos lobos, ele não levantou de lá. Passou.
Passou, e por ali ficou um longo tempo .Dessa vez se mostrava com um sorriso no rosto, como se tivesse se acostumado. Mas, convencia a todos com o seu olhar de inovação.
O tempo fechou, de vez. A chuva o deixou ensopado em alguns instantes. Era tarde e ele não sabia pra onde ir. Cada vez mais rápido o mundo ao seu redor se desmoronou e não havia abrigo, não havia comida e muito menos um livro.