Total de visualizações de página

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Isso Ninguém Disse

Quando esse coraçãozinho pisado finalmente se levantar, vou estar aqui, olhando-o com um sorriso satisfeito e aliviado. Quando nele não mais tiver esse medo de simplesmente bater – e só bater – vou estar aqui também, ofegante.
Quando meu sangue dos pés subir até a cabeça, vou sentir uma instabilidade e acho que vou tremer. Quando de repente eu sentir, finalmente, uma flecha rasgando minha carne e acertando esse pobre coraçãozinho, vou suspirar e sentir sensações únicas. Meus músculos vão se contrair quase que totalmente, vou sentir um friozinho de mentira. Apenas uma desculpinha pra poder me deitar no seu colo, ou te abraçar, só pra me sentir um pouco mais acolhida nesse momento de confusão.
Quando, de repente, as palavras começarem a fugir da minha boca, minha mandíbula ficar travada e meu sorriso estampado, saberei que vou sonhar com voce a noite. Quando minha mão ficar inquieta, minha perna bamba, meus lábios secos, meu coração aberto... quando meu sangue borbulhar e meus olhos se fecharem lentamente, eu terei uma certeza.








I’m FUCKING ready.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Butter(flies) In The Stomach

Estou realmente cansada de bastante coisa. É como se eu tivesse descoberto que a geléia que eu como, durante 20 anos, todo santo dia de manhã com torrada, é uma merda e eu não suporto.
Eu não suporto mais você, amor. Não mesmo. Você tem me dado uma grande dor de barriga, e seu gosto nem tem valido tanto a pena, pra ser sincera. Eu nem fecho mais meus olhos quando dou uma mordidinha. Seus morangos não tem gosto dos morangos mais bem selecionados, como vem dizendo no rótulo. E seu preço... é, acho que estou pagando caro demais.

Talvez amanhã eu compre uma manteiga, apesar dela não chamar muita atenção. Quem sabe eu não acabo me encantando por ela? Quem sabe eu acabo tornando as minhas manhãs mais bem humoradas? Vai ver até a torradinha acaba se animando com a novidade. Mas manteiga é salgada, eu estou tão acostumada com o doce amargo da porra da geléia.
Não quero mais esse gosto grudado na ponta da minha lingua e em toda a minha garganta.

E no dia seguinte, estava lá, fazendo minha mais dificil decisão.
Você, maldita geléia-de-morangos-não-tão-frescos, vou te deixar na prateleira do supermercado. Agora já chega, né? Fica aí, vai! Mas fica bem, porque eu tenho certeza que várias outras pessoas irão te comprar - e irão se arrepender - mais cedo ou mais tarde.
Quanto a manteiga, acho que vou levar a mais tradicional. Sem muitas coisas coloridas na propaganda. Isso é coisa de manteiga que não tem muito o que oferecer. E, meu Deus, estou apostando tudo em você.

Quando eu chegar em casa esta tarde, eu quero você deitada na mesa da minha cozinha. Totalmente intocada. Só pra mim.
Quero me sentar e tirar cada pedacinho do seu pacote, pra te ver por inteira. Sentir seu cheiro, seu gosto, tudo bem pertinho, bem devagarzinho. Como se fosse a primeira vez que alguem estivesse vendo outra pessoa sorrir.



Poderia te dizer exatamente como era o gosto dela. Poderia até te dizer que ela me faz sentir em casa. Poderia inclusive dizer que desta vez eu não tenho mais duvidas. Poderia também dizer que nunca senti nada igual.

Mas é como se eu nunca conseguisse chegar a minha casa, e prová-la.