Uns dizem que quem procura acha, e outros, que só achamos quando paramos de procurar. Estou num quebra-cabeça que não posso terminar, pois já perdi muitas peças. Prefiro acreditar que existe uma saída, porque sempre existe uma pra tudo. Sempre ouvi dizer que a saída somos nós mesmos. Olha, serei bem sincera. Eu revirei meus mundos, coloquei tudo de cabeça para baixo, derrubei promessas e construí muitos sonhos, e isso tudo pra descobrir que, na maioria das vezes, as palavras não significam absolutamente nada.
Eu também sempre precisei de um pouco de carinho, mas acho que o afastei tantas vezes, que hoje nem sei em qual mão procurá-lo. Eu também só quis tirar disso alguns sorrisos, algumas lembranças vagas, no entanto acho que acabei arrastando as coisas, desfazendo-as. Minha doença é incurável, pois a vejo em cada coisa que toco.
Amor já não me parece uma resposta convincente. Não acredito mais nele, não por enquanto. Ainda está tudo remexido, e como uma invenção de um sentimento sincero. Parece que alguma coisa tem mudado muito rápido aqui dentro.Pensamentos, momentos, instantes, pontadas, vergonhas, inseguranças, promessas, vozes, mulheres, carinhos, rancores, amores... tudo entrando na minha cabeça e sendo evacuado pela minha alma. Deveria ter acreditado quando disse que mentir é fácil demais.
Ninguém viu, tenho certeza. Acho que nem mesmo eu. Deveriam ter visto, quem sabe assim eles se sensibilizassem com meus planos. Eu nem tinha começado a viver, e já estavam todos lá, com metralhadoras nas mãos e olhos hostis. Era mesmo muito cedo, eu sei. Mas eu precisava jogar coisas no ventilador pra ver se as pessoas tirariam por um momento as mãos dos olhos, pra ver o mundo. Vocês são cegos e sem sentimentos, não é possível.
já não faz mais diferença se as coisas que sinto são vazias ou não, já que não há ninguém pra ouvir minhas historias sonolentas. O que eu quero não é um abraço, beijo, ou que segure meu rosto com os punhos firmes! Eu quero os sentimentos que acompanham eles, e quero muito. E eu quero agora. É, eu acho que era mesmo tudo em vão e ninguém sabia.
Também me partiram em dois, também ridicularizaram meus sentimentos. A pobreza deles não os faz serem banais, mas ingênuos demais. E longe estarão quando eu descobrir como se faz para vencê-los, ou achar as peças que faltam e até metade que se foi.
Lembre-se: quando somos derrotados em uma batalha, devemos mostrar a dor que sentimos e gritar pelos cortes feitos, e não se dizer forte e revidar. Acho que a maior vitoria que existe é estar no fundo do poço, no fim do mundo, e poder voltar.
"Essa saudade, eu sei de cor"
gente, eu postei só pra atualizar mesmo. foi mal, nao tenho conseguido escrever nada muito bom esses dias...
ResponderExcluirEu gostei. E, aliás, se precisar de alguém para ouvir suas histórias (sonolentas), sabes onde me achar.
ResponderExcluirGostei.
ResponderExcluirTudo misturado e ao mesmo tempo compreensível.