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terça-feira, 1 de outubro de 2013
Foda-se
Estava com saudade da minha cama. Do meu quarto e de todo conforto que eu encontrava ali, nos meus quadros pendurados, dos fios embolados do laptop, das roupas jogadas no chão. Daquele cheiro que só minha casa tem. Mas principalmente daquele sentimento quando a sua respiracao ecooa e eu tenho a certeza de que, finalmente, estou no lugar certo e no momento pefeito para revirar tudo aquilo que tenho adiado há tanto tempo. Daquelas pequenas - e incrivelmente gigantescas - coisas que muitas vezes não temos coragem de lembrar que estão lá dentro, do quarto, de mim. Ah, mas é que as vezes machuca tanto, tanto, tanto lembrar propositalmente daquilo que passei a vida tentando esquecer. Do cheiro, nao do meu quarto, mas do seu quarto. Ah, como machuca... mas as vezes é tão necessario pra mim sentir essa dorzinha. Cavei tão fundo o profundo de mim que até encontrei aquele maldito caderninho de músicas. Escutei todas. O que há de errado comigo? Sei lá, eu gosto mesmo de todas as músicas que estavam lá. ESPERA! Não, não, não posso mais incansavelmente contar péssimas mentiras pra mim mesmo. Mas, sabe, como eu disse, acontece, as vezes cavo tão fundo que me perco lá embaixo. Sim, eu admito, caralho, eu gosto! Gosto tanto que, infelizmente, sinto vontade de ficar por lá. Me alimentando de lembranças COMPLETAMENTE mortas, diria que tão mortas que já são quase inexistentes!!! É, vivendo coisas que simplesmente nao existem mais, mas que acariciam tão delicadamente minhas cicatrizes, me fazendo acreditar que elas na verdade nunca doeram. Tanto, tanto, tanto e tanto e tanto que voltar a realidade nao é mais possivel, pelo menos não por hoje, não nesta noite, não enquanto eu mato a saudade desse silencio, dessa cama, desses fios sempre cheios de nó, dessas meias jogadas no chão que estão seeempre com um dos pares perdidos, dessa cama que me abraça. Não, por hoje não. Me deixa ter você por hoje já que não posso te ter de nenhuma outra maneira.
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