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sábado, 22 de maio de 2010

Promessas: não vendemos fiado

Eu não me arrependo de não me lembrar como é sentir. Ou de não saber o que aconteceu. Acho que uma fraqueza é como um tiro no escuro, você sente dor, mas não sabe porque aquilo te atingiu. Como um tiro no peito. A dor se difunde de maneira tão incoerente, que implorar pra que ela acabe, é algo natural. Estancar o sangue, ou simplesmente deixá-lo escorrer até não restar uma gota.
Quando acaba, é pra valer, não é? A gente acaba se lembrando das coisas que a gente não fez. E se arrependendo de disparates que acabamos por cometer. Pensando em tudo aquilo que a gente não disse para alguém especial. Um abraço não tão apertado, uma palavra que escapuliu. Um sentimento que foi arrastado e outro que não se tolerou existir. E que agora não se pode voltar atrás.
Não quero que você se desculpe, ou que volte por se sentir forçada. Mas, e então? Isto é tudo que a gente pode fazer? Está tudo tão acabado. E enquanto escuto os aplausos e pessoas gritando meu nome enquanto eu seguro meu antigo violão, me lembro que quando você estiver lendo isto, eu já terei partido há muito. A questão é que você só desaponta aqueles que você acredita. A questão é que, meu amor, meu sangue está frio. Não há mais adrenalina correndo minhas veias. Não há brasa, pois não há paixão.
Enquanto eu a beijo, meus olhos fechados apertados temem que você corra. Mas isso já aconteceu.

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