Ando me perdendo muito em mim mesma. É, me perdendo nas minhas loucuras e nas regras que eu acabei me impondo. É passado. Eu sei que é. Mas parece que algo aqui insiste no palpite de que talvez não seja somente alguma outra loucura. E é com isso que eu arranjo aquela velha desculpa pra minha insensatez, mesmo sabendo que ela agora pode ser facilmente driblada e assassinada.
Aliás, ela já esta derrotada ha muito tempo, apenas não se deu por vencida. Apenas continua se rastejando, mesmo com suas tripas a mostra, como quem diz que nunca morrerá até que isso seja, enfim, de minha espontânea vontade.
Agora sinto minha respiração voltando ao normal em passos quase desprezíveis. Também sinto meu coração parar de lutar contra mim mesma e formigamentos irem embora da minha barriga quando me lembro de certas coisas. A raiva da minha insegurança, da minha falta de direção, do meu cansaço e das coisas erradas que eu fiz já está aliviada.
O meu medo também é passado. Ele não existe. Porque agora está transformado em uma vontade de experimentar absurda, porque ele me deu uma fome insaciável de amar.
Lembrei: ser eu mesma é ser tão diferente do que eu estava me acostumando a ser.
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